Uma Análise Crítica dos Estudos da Memória Organizacional
Márcio Michel
Social Remembering and Organizational Memory (Memória Social e Memória Organizacional) de autoria de Michael Rowlinson, Charles Booth, Peter Clark, Agnes Delahaye and Stephen Procter, publicado em novembro de 2009, apresenta uma visão geral dos estudos da memória – Organizational Memory Studies (OMS) –, desenvolvendo uma perspectiva crítica sobre os estudos de memória organizacional, principalmente em relação ao modelo de caixas de armazenamento proposto por Walsh e Ungson (1991), e aponta uma série de temas para enquadrar o estudo da recordação social e organizações, de forma a explorar o alcance de uma reorientação sociológica e histórica dentro dos OMS.
Os autores, antes de falar sobre os “estudos de memória”, propriamente, afirmam que atualmente diversas áreas abrangem e incluem suas contribuições, tais como: a neurociência, a psicologia experimental e a psicanálise, além da sociologia, da história, da literatura e da filosofia, entre outros. Rowlinson, et al. (2009, p. 70) acreditam que existem três classes de memória:
Procedural memory is remembering how to do something, such as riding a bicycle. Declarative, or semantic memory allows us to remember that the object with two wheels is called a bicycle. Semantic memory contains the conceptual and factual knowledge, and procedural knowledge allows us to learn the skills and acquire the habits that allow us to carry out activities such as driving a car without any subjective experience of remembering the knowledge and skills.1
No entanto, na visão deles, a tipologia de memória declarativa ou semântica e memória de procedimentos exclui as características de memória que são distintamente humanas. É nesse sentido que se faz necessário utilizar a informação coletada dentro do contexto, trazendo algo de si, como participante efetivo e não mero espectador.
Os Estudos de Memória Social auxiliam em pesquisas nas áreas de