Um toque de classe
AULA RESUMO
Karl Marx (1818-1883) Bibliografia de referência:
QUINTANEIRO, Tânia, BARBOSA, Maria Lígia de O., OLIVEIRA, Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1995. Introdução, p. 63-103.
Aula preparada por Antônio Luiz Arquetti Faraco Júnior
“Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem.” Karl Marx
O método dialético
A noção moderna de dialética remete a Kant, mas é através de Hegel e Marx que a concepção dialética se firma no pensamento social ocidental. A dialética rompe com a concepção da filosofia tradicional e dominante até então que pressupunha a existência de um mundo povoado de substâncias imutáveis. A dialética hegeliana, pelo contrário, afirma a contradição, o conflito, como a própria substância da realidade, a qual se supera num processo incessante de negação, conservação e síntese (tese, antítese e síntese). Os fenômenos contêm em si um movimento intrínseco, são prenhes de negação de si. Toda oposição é necessariamente uma relação, entre os termos antagônicos existe uma unidade fundamental, isto é: a definição de qualquer um deles só se torna possível desde seu contrário o qual, ao mesmo tempo, o constitui ontologicamente. Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação de uma determinada ordem. Os defensores da perspectiva dialética vêem nas contradições o motor da mudança social e da história. Para estes, um fenômeno social deve ser submetido à crítica de modo que suas potencialidades possam ser reveladas e, assim, atualizadas numa forma mais evoluída. Dialética idealista (Hegel) Dialética materialista (Marx e Engels)
Hegel, sendo um idealista, considera que são as A importância primeira é dada à matéria: o mudanças do espírito que provocam as da matéria. pensamento e o universo estão em perpétua Existe primeiramente o espírito que descobre o