Um Rei Baiano Reina em Duque de Caxias:
UNIGRANRIO
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Prof. Dr. José Geraldo Rocha rochageraldo@hotmail.com UNIGRANRIO
Resumo
O presente artigo visa apresentar as contribuições do negro para a sistematização das religiões de matrizes africanas, nas cidades de Salvador e Rio de Janeiro, a partir da chegada dos mesmos das diferentes nações africanas em solo brasileiro. Pretendemos focalizar a contribuição de alguns babalorixás nas geografias baiana e carioca, porém em destaque o pai-de-santo Joãozinho da Goméa, que veio de Salvador para a Baixada Fluminense, e no bairro de Duque de Caxias divulgou os encantos do candomblé como produto cultural afrobrasileiro para todas as classes sociais cariocas.
Palavras chave. Candomblé, Duque de Caxias, Joãozinho da Goméa.
Introdução
A história do negro em território nacional, sempre os apresentou como escravos serviçais nas lavouras, nos espaços domésticos, nas minas de ouro e diamante, escravo-de-ganho dentre outros serviços que atendiam aos interesses dos colonizadores. A abolição da escravidão não mudou o olhar daqueles que registravam a participação social do negro em território brasileiro, pois os registros os apontavam como capoeiras, mascates, arruaceiros, batuqueiros, macumbeiros e feiticeiros. Tais características acerca do afrobrasileiros chegaram aos bancos escolares, acadêmicos e na sociedade durante séculos, o respeito à diversidade cultural do negro, foi sendo discutido a partir de um modelo de resistência e de socialização que eles estabeleceram através das convivências religiosas e de entretenimento.
Com base no histórico social e cultural estabelecido durante séculos pela elite brasileira, visamos apresentar neste artigo as contribuições culturais, especificamente do candomblé, dos negros que de diversas nações chegaram à cidade de Salvador e Rio de Janeiro. Além de apresentarmos os personagens que disseminaram a religião do