Um pouco sobre alice
Ao realizar a leitura me surpreendi com o quanto o desenho conseguiu ser fiel à história original. A medida que ia lendo era como se cada cena da animação estivesse passando na minha cabeça, com algumas poucas diferenças, entre elas, a parte triste das ostrinhas (trauma eterno) que não existe originalmente.
Acho interessante o fato do livro ser realmente escrito para adultos e crianças ao mesmo tempo. Adultos, no sentido de que a obra só poderá ser totalmente compreendida em toda sua plenitude por um adulto, pois está repleta de sátiras, paródias e até enigmas que nos deixam sempre perguntando o que o Lewis quis dizer nas entrelinhas. Gosto muito desse tipo de mensagem oculta dentro do texto e de procurar os motivos e razões que induziram determinado autor a espalhá-las em suas obras. Torna o livro ao mesmo tempo mais enigmático e interessante.
Por outro lado, o livro é facilmente voltado para o público infantil. As crianças, livres de tentarem entender o livro por um lado mais crítico e analista, conseguem facilmente divertir-se em meio a uma história de aventura, magia e coisas lindas, pois é isso que o país das Maravilhas é: um lugar de sonhos. Para os mais novos, este mundo irreal torna-se completamente possível, um momento para sonhar e deixar a imaginação lhe guiar para outra realidade.
Outra adaptação mais recente é o filme do Tim Burton. Quando vi que o Tim ia dirigir um filme da Alice fiquei extasiada. Sou fã inveterada do seu trabalho e excepcional talento artístico. Burton traz uma visão completamente diferente, ambientada 13 anos após a história original com uma Alice já adulta em um retorno ao país das Maravilhas.
A adaptação não é fiel, já que a