um pais
Por Ricardo Rodrigues em maio 5, 2013, 0 comentários
Depois de duras experiências, difíceis contemplações, os acontecimentos me fizeram colocar em cheque todas as minhas certezas.
E nesse momento de desconstrução, destruição e renovação, tenho tido algumas sutis revelações que me recolocam no caminho de maneira mais madura, porém longe da maneira que me faz feliz.
De fato, repensar é preciso. Refazer e reciclar. Saber que não somos donos do mundo de maneira a possuí-lo e convertê-lo à nossa vontade, somos donos do mundo quando sentimos que somos donos do mundo.
Cada pássaro que voa, cada árvore, cada movimentação peculiar de toda esta força natural, cada pôr do sol, cada pingo de chuva, os ventos macios, a tempestade severa, o cair da noite e a contemplação da alvorada.
Tudo isso ocorre dentro de cada ser. Mas compreender isso não é tudo, e está ainda distante do ideal. Compreender é apenas um dos vários caminhos. Você pode saber toda a estrada de cor, mas saberá percorrê-la?
Saberá ter paciência quando as tempestades vierem e alagarem suas passagens? Saberá discernir o que é igual do que é semelhante? Saberá sentir? Irá devorar ou saborear a sua jornada?
Compreender não é tudo, quando fazer é preciso. Muitas vezes as palavras inibem a magia do sentir. Tornando material o que é imaterial, tentando trazer à tona coisas que pertencem ao íntimo do ser. Não podemos mudar a natureza das coisas. A essência não é manipulável.
Você pode até não acreditar, mas a verdade é que quanto mais tempo passa, depois que eu fui apresentada a você, mais ansiosa eu me sinto por me declarar. Relembro cada dia do nosso primeiro encontro até agora, e sinto que é inevitável essa minha confissão.
Jamais eu poderia deixar passar o dia de hoje, e como estamos distantes, faço por carta a declaração que está entalada no meu peito. Perdi a primeira oportunidade de dizer que te quero pessoalmente, Mas como percebo que um segundo