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Historia
Os portugueses chegaram ao Timor entre 1512 e 1520, interessados principalmente no sândalo, madeira nobre utilizada na perfumaria e móveis de luxo, que cobria praticamente toda a ilha. Já nessa época o Timor era dividido em dois reinos, Samby, na parte oeste da ilha e Behale, no leste.
Só no século XVII Lisboa nomeou um governador, que dependia de Goa, outro território português, na Índia. Depois de uma série de disputas, os holandeses ficaram com a parte ocidental da ilha, atualmente o Timor Oeste.
Em 1903 um australiano descobriu a existência de petróleo na costa. No final da I Guerra Mundial, o Japão tentou comprar o Timor, oferecendo uma boa soma, o que foi oficialmente rejeitado por Salazar em 1932. O regime salazarista considerava os timorenses como "uma das raças degeneradas e atrasadas" das colônias, o que serviu de pretexto para retirar os direitos cívicos, ainda que mínimos, que tinham adquirido em 1822.
Território estratégico, entre a Austrália, Indonésia, Filipinas, dando acesso à China, o Timor foi invadido durante a II Guerra Mundial, primeiro pelos australianos, que pretendiam organizar uma resistência no território, em seguida pelos japoneses, que criaram campos de concentração, cometeram atrocidades em larga escala e deixaram 60.000 mortos.
O historiador James Dunn, que foi cônsul da Austrália em Dili de 1961 a 1963 afirma :"O Timor Leste foi uma das piores catástrofes da Segunda Guerra Mundial em numero de mortos relativo à população total, mas esse aspecto da Guerra do Pacífico nunca interessou ninguém".
O Timor saiu da II Guerra Mundial praticamente arrasado, mas Portugal continuou não investindo na colônia, preferindo Macau, mais lucrativa. Para o Timor, que produzia basicamente café- considerado um dos melhores do mundo- eram mandados os prisioneiros políticos e dissidentes do salazarismo.
Por outro lado, a PIDE, a polícia política de Salazar, reprimia, prendia e exilava aqueles que, no Timor,