um mundo sem linguagem escrita
Você já imaginou um mundo onde não existisse a escrita? Como você iria escrever um bilhete, uma carta, uma redação, uma dissertação ou uma tese? Não existiriam listas telefônicas, nem livros, nem revistas e muito menos jornais, ou, se existissem, seriam só com figuras, você já imaginou? Provavelmente não existiriam livrarias e bancas de revistas. Se existissem professores, as aulas seriam, normalmente, expositivas, e não se ouviriam as famosas frases: "Leiam tais textos para a próxima aula" ou "vocês precisam ler mais". Ah, e também não existiriam escritores, é óbvio. Histórias, romances, contos, poesias, só existiriam se fossem contadas de gerações para gerações. Nada seria documentado, sendo assim não teríamos Certidão de Nascimento e muito menos Carteira de Identidade e Atestado de Óbito. Pelo menos se poderia mentir a idade e não existiria a frase: "Não acredita? Pode olhar na minha identidade". Também não existiriam as expressões: "Seu texto parece uma colcha de retalhos", ou "O que você escreveu está fora do contexto". E também ninguém cometeria um "erro ortográfico".
Estes seriam alguns dos exemplos de como seria um mundo sem escrita. Hoje em dia parece inaceitável e incabível viver sem ela, mas em tempos remotos era assim. É claro que o contexto da época era totalmente diferente do de hoje; mesmo assim, foi por sentir uma extrema necessidade de representar graficamente nossas idéias, sentimentos, opiniões, nossa história e para nos comunicar com quem está distante, entre outras coisas, que surgiu a escrita.
ESCREVER E FALAR
Estamos tão acostumados a ler e a escrever em nossa vida diária que, às vezes, esquecemos que nem todos escrevem e lêem como nós. Em muitas famílias de classe social baixa, escrever pode se restringir a assinar o próprio nome ou, no máximo, a redigir listas de palavras ou recados curtos.
Antigamente a situação era ainda pior, somente a elite tinha acesso à educação e, conseqüentemente, à escrita. Quem