A Linguagem Como Meio
Da impossibilidade de se aceder à compreensão do mundo sem linguagem.
A linguagem é um meio, enquanto:
a) realiza o encontro sujeito/objecto
b) lugar onde se dá a compreensão
Para entendermos o duplo sentido da linguagem, também temos que ter 2 pontos:
1. Entender a relação língua/linguagem
2. Entender a possibilidade da existência de uma meta-linguagem (meta-linguagem: é a linguagem que compreende a própria linguagem). Então, quando procuro conhecer um determinado objeto, eu só o conheço devido a:
a) possuir uma linguagem variada que me permita formalizar todos os elementos considerados fundamentais para o conhecimento deste objecto e
b) se chegar à atribuição de um nome.
Para que haja compreensão total, não basta apenas o saber individual, mas que o canal não tenha ruído, isto é, aquilo que medeia seja permeável à nossa iniciativa. Um dos obstáculos a uma correta compreensão do objeto é o corpo. O corpo não é apenas o ato negativo na atividade de conhecer, mas também a única possibilidade de eu me relacionar com o mundo.
Aliás, é a condição necessária para este relacionamento. Por isso, alguns juízos, como os do gosto, não são imediatos, necessitando de um meio para a sua compreensão. Em conclusão, a forma como, depois de estruturada, a linguagem revela conhecimento cada vez mais amplo das coisas do mundo, chamamos essa forma de interpretação e é uma boa interpretação o ponto de partida para se constituir um discurso sobre os fatos.
Níveis interpretativos
1- Nível de referencialidade ordinária ou comum;
2- Nível de localização espaço-temporal
3- Nível central ou geral
1º ponto
Chamamos texto a todo o discurso fixado pela escrita. Quando dizemos fixado pela escrita, levanta-se uma dúvida, que é a seguinte:
“Toda a escrita acrescenta-se a uma fala anterior?”
Caso respondêssemos afirmativamente, admitíamos que a escrita não era mais do que o prolongamento da fala. Mas assim não é. Embora saibamos que a escrita