um momento inteiro

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Tão poucos filósofos são possíveis de se deparar como sendo de tão difícil compreensão como Heidegger. Embora esse pensador alemão seja sistemático, os termos encontrados em sua complexa obra capital, Ser e Tempo (o próprio Heidegger definia como confusa [Safranski, 2001]), e todos seus escritos, exigem uma constante atenção no sentido de desvelar os termos que Heidegger utilizou – foi também um grande inventor da linguagem, com influências sobretudo de Hölderlin, o poeta que ao seu ver exercia a comunicação mais íntima com o ser -, do contrário caímos no sem-sentido. É ao lado de Sartre um dos maiores filósofos do existencialismo moderno, porém muito questionado por estar preocupado com uma ontologia do Ser, o que descaracterizaria a corrente filosófica dos existentes singulares, contudo, é sem dúvidas um grande nome que também permite a apreensão do homem singular. A questão fundamental é saber usar as determinadas contribuições de Heidegger, sem descaracterizá-las, e não simplesmente recusá-las somente porque podem apresentar pressupostos que soam contrários a um determinado modo de pensamento – fadado ao fracasso se a hermenêutica for um dos princípios desse “modo” de pensar.
Sua obra, embora tenha o realce pautado no sentido ontológico do Ser, atravessa, necessariamente, os caracteres ônticos. Lembrando que o próprio Heidegger recusava o termo existencialista para si, e que a sua vasta obra é fonte inesgotável para estudos, o que apresento abaixo é um breviário do conceito central de Heidegger, o Dasein, onde aí, a meu ver, revelam-se as múltiplas possibilidades do pensamento heideggeriano enquanto contribuições fundamentais para o existencialismo.
O homem não é um ente, não é uma coisa aí, estática, congelada. Diante da impossibilidade de um conhecimento do Ser como objeto, com determinados princípios característicos, Heidegger cria o conceito de dasein para buscar apreender o “ente”, o ser. Mas é lógico que o dasein não é mais do que um modo de ser, é

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