Plínio Freire Gomes, historiador brasileiro, paulista, nascido em 1967. Formou-se e fez mestrado na Universidade de São Paulo, onde defendeu, em 1994, o trabalho que deu origem ao seu livro, Um herege vai ao paraíso. Três anos após a tese do historiador brasileiro torna-se livro. O único livro do autor. Após quatorze anos, 2011, ganhou a sua segunda edição. Em 2010, Gomes, traduziu a obra de Massimo Campanini, Introdução a filosofia islâmica. A corrente historiográfica seguida pelo autor é da Micro-História, seguindo uma linha muito análoga a do historiador italiano Carlos Ginzburg e através desta corrente historiográfica estuda o Brasil Colonial. À luz do livro de Sergio Buarque de Holanda, Visão do Paraíso, Gomes apresenta que boa parte da empresa colonial manteve-se ligada ao imaginário para tratar do novo mundo. As lendas relacionadas ao Paraíso e a todos os tesouros do oriente. E quando este apelo ao mítico chegava comedido, era normal que recorressem aos autores clássicos para ajudar aos desbravadores a entenderem a natureza exótica e da humanidade recém descobertas. E é sobre este prisma que devem ser encarados desbravadores como Colombo, Pero de Magalhães, entre outros desbravadores. Fascinados com as descobertas no “novo mundo”, e seguindo o modelo das narrativas medievais, eles tenderam a apresentar o território como uma espécie de paraíso terreno que foi acariciado por uma eterna primavera. Nem sempre tais alusões ficavam apenas no plano metafórico. Um notável exemplo são os escritos de frei Simão de Vasconcelos, o frei afirmava que o Brasil era o horto onde Deus haveria colocado Adão e Eva. Tais afirmações quase o Levam a uma visita aos porões do Santo Ofício. Outro devaneador, não teve tanta sorte quanto frei Simão de Vasconcelos, que ousou fazer conjecturas sobre a posição do território paradisíaco, ele foi o protagonista de uma história deveras rocambolesca. Seu nome era Pedro de Rates Henequim, reputado