Mito
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
O MITO
Objetivo:
Discutir a consciência mítica nas concepções primitiva e atual;
Mostrar a relação entre mito e religião;
Resumo: A compreensão do mito não esconde o preconceito comum de identificá-lo como lendas ou fábulas, é uma menor forma de explicação do mundo prestes a ser separado. No entanto, essa noção que temos sobre mito é complexa e mais rica do que uma posição redutora. Mesmo porque o mito não é exclusividade de povos primitivos, nem de civilizações nascentes, mas existe em todos os tempos e cultura como componente indissociável na maneira humana de compreender a realidade. O mito não é resultado de delírio, nem de uma simples mentira. O mito ainda faz parte da nossa vida cotidiana, como uma das formas indispensáveis do existir humano. O critério de adesão do mito é a crença e não a evidência racional, uma intuição compreensiva de realidade, é uma forma de o homem situar-se no mundo. Isso significa que no mundo primitivo tudo é sagrado e nada é natural embora tenhamos nos referido ao mito como uma forma de compreensão, a sua função não é explicar a realidade, mas tranqüilizar e acomodar o homem em um mundo assustador. Mircea Eliade, filósofo estudioso do mito e das religiões, define uma das funções do mito como fixar os modelos de todos os ritos e de todas as atividades humanas significativas. Uma consciência comutaria, o homem primitivo desempenha papéis que o distanciam da percepção de si como sujeito propriamente dito. É agora que o homem entra em contato com o sagrado ao dar sua livre adesão ao bem, torna-se um aliado da divindade, praticando o dever religioso. Com isso privilegia o fato positivo, ou seja, o fato objetivo que pode ser medido e controlado pela experimentação. Essa posição opõe radicalmente o mito à razão, ao mesmo tempo em que inferioriza o mito