Um estudo em vermelho
Meu primeiro contato com o Sherlock Holmes foi através da série britânica da BBC. A adaptação — que exibiu sua primeira temporada em 2010 — traz uma versão contemporânea da história do clássico personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle. Antes de começar a assisti-la, eu conhecia muito pouco do famoso detetive e seu parceiro, Watson. Mas posso dizer que minha primeira experiência foi bastante positiva. Tanto que, desde o meu primeiro momento com a série, tive certeza que precisava conhecer os escritos do Conan Doyle, pois fiquei em êxtase com cada episódio das — até então — 3 temporadas (4ª temporada, cadê você?!).
Decidi que quando começasse a ler os livros — mais especificamente, os romances que o Conan Doyle escreveu, onde o Sherlock aparece, pois também existem vários contos — eu o faria em ordem cronológica, sendo assim, comecei com o Um estudo em vermelho, pois foi através dessa história que que o Conan Doyle apresentou Sherlock Holmes para o mundo.
Logo no início da leitura pude perceber que muito da obra original está na série. Não posso deixar de mencionar, inclusive, que o primeiro episódio da primeira temporada recebeu o nome de A Study in Pink, claramente fazendo menção ao título original deste livro, A Study in Scarlet. — Nomes de lugares e personagens foram mantidos, bem como alguns acontecimentos de suas vidas e características de suas personalidades.
Quando comecei a lê-lo eu — que não sou a pessoa mais rápida do mundo nas leituras — não consegui larga-lo e, acabei concluindo a leitura, em menos de um dia. Ler Um estudo em vermelho foi uma experiência extremamente positiva, pois mesmo já conhecendo uma parte considerável da história, por ter assistido a série antes, a leitura, ainda assim, foi muitíssimo satisfatória.
A narrativa é dividida em dois momentos: no início temos a história sendo contada, em primeira pessoa, sob o ponto de vista do Watson; na metade, aproximadamente, a história