um discurso sobre as ciência
O paradigma dominante trata-se do modelo de racionalidade herdado a partir do século XVI e consolidado no século XIX, sendo para Boaventura um modelo totalitário, que nega a qualidade de racional a todas as formas de conhecimento que não se pautarem pelos princípios epistemológicos e pelas regras metodológicas que orienta a ciência moderna, no qual se acreditava que poderíamos abarcar todos os conhecimentos a partir de um método rigorosamente cientifico, como por exemplo, temos Descartes, que tinha no seu trajeto cientifico a extrema satisfação com o progresso na busca da verdade universal.
Descartes afirmou em sua regra X, que por várias vezes foi bem sucedido e que daquela maneira não chegaria à verdade seguindo o hábito dos outros homens, para ele os métodos utilizados habitualmente pelos homens eram incertos e feito as cegas, com ajuda da sorte, mas a sua grande experiência permitiu perceber determinadas regras que foram aperfeiçoadas cuidadosamente. Com isso se convenceu desde o início que tinha adotado a maneira de estudo mais útil de todas. Seu método de investigação repudia aquilo que é óbvio ou apreendido de forma rápida, como as adivinhações por semelhanças, por sorte, por que o conduziria ao enfraquecimento da luz do espírito e a habituar-se as futilidades detendo-se apenas a superfície das coisas sem poder aprofunda-se intimamente em busca da verdade. Em suma, Descartes coloca seu método como único e eficaz, modelo totalitário citado por Boa Ventura de Sousa Santos para se alcançar a verdade de forma cientifica.
Pouco a pouco o estudo da natureza passa a ser voltado à sociedade, tendo assim uma emergência das ciências sociais no século XIX, gerando um modelo global de racionalidade científica. E acreditava-se que como foi possível descobrir as leis da natureza, seria igualmente possível descobrir as leis da sociedade aplicando na medida do possível ao estudo da sociedade todos os princípios epistemológicos e