Um diagnóstico do trabalho
DISCIPLINA: PSICOLOGIA SOCIAL TEÓRICA A produção artística de Luís, ao contrário da industrial de João, não se dá por movimentos heteronímicos e repetitivos, ela gera frutos da livre expressão do autor. Ela também não permite ocorrer o estranhamento entre o produtor e sua produção, o que torna essa produção mais sóbria. Porém, para tornar-se um artista, não basta manusear as técnicas de produção ( dos pincéis da pintura ou das câmeras da fotografia, por exemplo); é necessário passar alguma mensagem, algo a mais que demonstre, na obra, a visão de mundo do autor. Assim, quando se faz a arte de fato, emergem também ideologias, a partir dos temas que escolhemos para abordar em nossas obras.
Existem três tipos de entrelaçamento entre obra e receptor: a primeira, mais superficial, que expressa-se de maneira indiferente ao receptor; a segunda, que supera os manejos da técnica, mas que não propicia identificação dos que entram em contato com ela; e por fim, aquela em que a obra atinge sua expressão maior. A forma como ela se dá mexe diretamente com a sensibilidade do receptor e põe em questionamento a posição deste com relação ao tema.
Na arte então, e na criatividade humana, encontram-se a produção e a reprodução de muitas ideologias, que nem sempre são fácilmente observáveis. São necessários vários níveis de análise, entrelaçando os elementos estéticos da obra a elementos de outras ciências (como Sociologia, Semiologia, etc) levando em conta seu teor simbólico e seu contexto social, assim interpretando a mensagem deixada pelo artista. Quem analisa também deve ver como relevante o impacto da obra em épocas diferentes daquela em que a obra foi criada, pois a partir do momento em que o conflito tratado na obra perde a sua importância social, a arte também pode mutar-se, passando a ser somente uma imagem fria com valor histórico e perdendo toda ou boa parte de seu aspecto simbólico.
Todavia, apesar da livre produção do trabalho