UDN
A UDN surgiu em contraposição à ditadura do estado novo e ao então presidente Getúlio Vargas e os seus principais adversário eram o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O partido não tinha uma vertente única. Ao mesmo tempo em que existiam ideias liberais e autoritárias também existiam ideias progressistas e conservadoras. A pesar disso a UDN se caracterizou pela defesa do liberalismo clássico, o apego ao bacharelismo e ao moralismo e contra as várias formas de populismo. Também conhecido como “partido das classes médias”, pois era o único partido grande que se dirigia explicitamente à classe média, a UDN defendia os interesses dos proprietários de terras e da indústria aliada ao capital estrangeiro.
No inicio a UDN era composta por oligarquias destronadas com a Revolução de 1930, antigos aliados de Getúlio, marginalizados, os ex-participantes do Estado Novo que se afastaram antes de 1945, os grupos liberais com forte identificação regional e as esquerdas. Unidos contra o traidor Getúlio Vargas. Essa foi a primeira fase do partido que opunha à sistemática a Getúlio Vargas (quanto à política social e à intervenção do Estado na economia). No governo Dutra, em dezembro de 1945 Eduardo Gomes obteve apenas 35% do total de votos, contra 55% do general Eurico Gaspar Dutra, candidato do PSD e pela primeira vez a UDN sofreu uma derrota eleitoral que ocasionou um acordo interpartidário entre os partidos da UDN, PSD e PR e deu inicio a um período mais calmo na politica. Assim o partido dividiu-se em duas vertentes, Mangabeira defendia a tese da “coalizão nacional” para neutralizar a máquina getulista. Virgílio insistia na pureza dos princípios e do ideal de um “partido de centro inclinado para a esquerda”. Junto com esse acordo também veio a conciliação entre os governadores udenistas eleitos em aliança com o PSD, ou dissidências pessedistas (Otávio Mangabeira, na Bahia, Mílton Campos, em