A história da Ucrânia, um dos mais importantes eventos geopolíticos dos últimos anos volta à tona com mais um confronto, e dessa vez, a Rússia tem a vantagem. Em Novembro de 2013, as multidões ucranianas começaram a ir para as ruas como forma de protesto pela decisão do presidente Viktor Yanukovych que havia desistido de assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia, preferindo priorizar suas relações com a Rússia. O grande motivo é que firmando um acordo com o seu país de origem, a Rússia, lhe seria concedido um pacote de ajuda financeira incluindo um empréstimo bilionário, além de desconto no preço do gás natural. Desse modo, com uma população descontente e revoltosa, em Fevereiro, o presidente da Ucrânia deixou a capital do país, Kiev, e foi afastado da presidência pelo Parlamento do país e um governo pró-UE assume o poder. A Rússia, portanto, alega ter sido vítima de um Golpe de Estado e em prol de proteger os cidadãos russos que residiam no local, começa aos poucos tomar partes do território da Crimeia. Nesse sentindo, quando a Rússia consegue tomar o comando do Parlamento local da Crimeia, que fica na cidade de Simferopol, nomeia um novo premiê e aprova a sua auto independência e posterior anexação à Federação Russa, já que entre 2 milhões de pessoas que moram naquela península, mais da metade se considera russa e até fala o idioma no dia-a-dia. Como consequência, mas não pouco esperada, a Ucrânia considera ilegítimo o governo e pede que as forças internacionais não o reconheçam e recebe o apoio dos Estados Unidos e outros países ocidentais, que anunciam pacotes bilionários de ajuda ao país, além de impor sanções e exigir que a Rússia retire imediatamente o contingente militar que havia sido enviado à Crimeia. Portanto, no dia 16 de Março foi realizada a votação popular que decidiu pelo destino da península, mesmo com a grande oposição da ONU, e como já se esperava, mais de 95% dos votos foram em favor à anexação ao