TÓPICOS EM REGENERAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
De tudo o que foi exposto uma das coisas que me chamou a atenção foi ressaltar a importância do tempo no desenvolvimento dos processos de regeneração neuronal. A idéia da cinética de processos nos eventos relacionados à doença não é nova, mas muitas vezes os alunos ao pensarem nos seus resultados esquecem-se deste fato. Ainda, vimos que existem diversas abordagens terapêuticas em estudo como a estimulação glutamatérgica, o uso da eritropoetina, do G-CSF, das estatinas, do agonista de receptor sigma-1, da inosina intratecal, dos anticorpos anti-Nogo, de peptídeos que bloqueiam o receptor para Nogo, da condroitinase ABC, o uso das células tronco, de anti-oxidantes, intervenções utilizando células de Schwann, exercício físico entre outros. Desta forma, vimos que independente da abordagem utilizada o período que o tratamento é empregado é fundamental para o resultado final. Em alguns casos, podemos observar que caso a abordagem seja feita no momento errado o resultado pode levar a danos ainda maiores. Como trabalho com inflamação e estabelecimento de respostas imunológicas do tipo Th1, a cinética de eventos é muito importante para mim. Desta forma, foi muito bom ver esse tipo de pensamento no contexto da aula.
Outro ponto que me chamou a atenção foi que muitos processos envolvidos na neuroregeneração são muito similares os processos envolvidos na plasticidade neural que ocorre em memória/aprendizado. Em um dos seminários (seminário 6) foi abordado o papel do glutamato e dos fatores neurotróficos nos processos de neuroregeneração. Sabe-se que tanto o glutamato quanto os fatores neurotróficos possuem um importante papel na plasticidade sináptica. Os receptores do tipo AMPA e do tipo NMDA participam dos processos envolvidos no LTP. Também já foi demonstrado que estímulos que induzem um LTP também induzem a liberação de fatores neurotróficos, como o BDNF no hipocampo. Entretanto, o LTP somente é