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- Sweezy afirmou que durante os séculos XV e XVI a Inglaterra possuiu inúmeras classes dominantes, com diferentes formas de propriedades e em busca do avanço e poder. Hill contradiz essa teoria, pois considera uma impossibilidade teórica um governo com poder repartido e estável, pois sempre uma classe tentará suprimir o poder da outra.
- Mesmo que seja substituída “várias classes dominantes” por “classes em luta”, ainda assim, existirão questionamentos em torno de quem é a classe dominante e como deve-se caracterizar o Estado.
- Em contraponto, debates soviéticos sobre absolutismo chegaram à conclusão que a monarquia absoluta foi um Estado de nobres feudais proprietários de terras. Assim como Sweezy, consideram a monarquia dos Tudor e dos primeiros Stuart na Inglaterra como forma de absolutismo.
- Segundo Engels, ocorrem períodos nos quais a luta de classes se equilibram de modo que o poder estatal adquire independência e se torna um mediador. Isso esteve presente na monarquia absoluta dos séculos XVII e XVIII, no qual o equilíbrio ocorreu entre nobreza e a classe dos burgueses. Em outra citação Engels afirma que a revolução nos aspectos econômicos, nos séculos XV e XVI, não influenciou a estrutura política, a ordem estatal continuava feudal e a sociedade cada vez mais burguesa. E assim, só quando a coroa se aliou novamente a nobreza devido o crescente poder econômico da burguesia, a revolução burguesa eclodiu.
- No entanto, a partir de citações de Engels, pode-se invalidar a hipótese inicial de Sweezy e confirmar as conclusões dos historiadores marxistas soviéticos e ingleses, sobre a monarquia absoluta como forma de Estado Feudal.
- Segundo Hill, Sweezy não chama a monarquia absoluta de Estado Feudal, por três motivos: o primeiro é devido o significado da palavra “feudal” como termo militar, deixando de lado sua base social; o segundo é denominar um Estado Feudal a um Estado onde a servidão prevaleça,