Técnica e recrutamento de seleção
Um pouco de história
Este processo surge no início do século XX, juntamente com as atividades de Orientação Profissional. Tais atividades tinham como função principal identificar quais eram os indivíduos aptos e os inaptos para as ocupações da época. A psicotécnica (testes) e a psicometria (medidas) eram as principais ferramentas utilizadas nesta época. Na primeira guerra estas atividades ganham destaque surgindo daí o nome recrutamento (identificar bons recrutas). Aqui os testes são largamente utilizados para identificar aptos e inaptos para o exército. O desenvolvimento industrial traz novas demandas, a psicologia é chamada para identificar quais indivíduos iram incrementar a produção. (CARVALHO, 1995)
Os processos de seleção têm sua origem calcada em um modelo biológico, vigente na época de seu surgimento. O homem é entendido como portador de aptidões herdadas de seus antepassados. Essa visão fundamenta a psicometria, pois como existem aptidões inatas é possível medi-las. Partindo de tal compreensão é difícil acreditar em processos de transformações do indivíduo. O homem até pode se enriquecer culturalmente, porém, jamais conseguirá se modificar realmente.
Aqui é importante assinalar que as atividades de seleção exigem em primeiro lugar uma clareza da visão de homem que se possui, visto que ela norteará a avaliação realizada pelo selecionador. Sair do modelo biológico e entender o homem como um ser em transformação é se posicionar diante dos candidatos entendo que as impressões obtidas são momentâneas e que aquele sujeito ira se modificar e se transformar conforme sua situação de trabalho. Um desempregado, um trabalhador informal se portarão de modo muito distinto de alguém que tem uma colocação e vai buscar uma nova oportunidade. A idéia é tentar conhecer aquele sujeito, sem negar que o que se apresenta é algo momentâneo e está vinculado a atual situação de vida e trabalho deste. A busca não é por