Táticas de Luta e Fuga
Apesar de serem ineficazes, as táticas de luta e fuga são as mais utilizadas. A tática de luta mais conhecida é a competição, onde os conflientes reconhecem o conflito e engajam-se na luta aberta com o adversário (MOSCOVICI, 1996). Nessa tática, um vence e o outro perde. Quando isso ocorre, o “perdedor” tende a questionar sua própria competência, podendo prejudicar o desempenho de todo o grupo WALTON(apud MOSCOVICI, 2003).
A tática de repressão é uma das táticas de fuga mais comum no âmbito escolar, caracterizada pelo uso da força para extinguir o conflito. Entretanto, o conflito persiste, eliminando apenas os sintomas. Nessa tática, o educador proíbe as manifestações do conflito, ameaçando aplicar punições caso os conflientes insistam no conflito. Diante dessa ameaça do detentor do poder, os conflientes abstêm-se de discutir, reprimindo suas emoções e controlando o comportamento. Contudo, o conflito não foi extinto, apenas sua exteriorização foi cerceada. Assim que houver uma brecha no “policiamento”, o conflito retornará de forma ainda mais violenta, já que as suas causas, sua motivação continuaram presentes e sendo alimentadas (MOSCOVICI, 1996).
Já a tática de evasão foi popularizada pela expressão “quando um não quer dois não brigam”. É caracterizada pelo afastamento voluntário de uma das partes envolvidas. Nessa tática, são utilizadas algumas manobras de escape como, por exemplo, evitar interação e o convívio dos envolvidos ou então “cortar” a comunicação entre eles. A fuga tenta “tampar o sol com a peneira”, não resolvendo o problema. Essa tática mostra-se ineficiente, já que não se pode escapar da realidade o tempo todo.
2.3.2 Táticas de Diálogo
Outra modalidade de táticas propostas por Moscovici (1996) são as táticas de diálogo. Nessa modalidade podem-se identificar as táticas: de apaziguamento, de negociação, de confrontação e de resolução de problemas.
Na tática de apaziguamento,
(...) o auxílio hábil e