Turismo

Turismo - Evolução
A Revolução Industrial do século XVIII foi fundamental para o conceito de lazer e, desde então, também no turismo. Houve grandes mudanças sociais que alteraram significativamente a relação trabalho-lazer: as horas de trabalho aumentarem significativamente, pioraram as condições de trabalho, existiu um êxodo rural pela necessidade de mão de obra nas cidades e mecanização das tarefas tradicionais do campo . O tempo livre tornou-se tempo para descanso e recuperação depois do trabalho. Os empregadores na época, defendiam que o tempo de lazer devia ser escasso, propondo a sua abolição, pois era associado ao alcoolismo e à prostituição ou preguiça (Argyle, 1996). Havia uma visão na qual o lazer se definia como a ausência de trabalho, tempo que não está sujeito a quaisquer regras. No entanto a alta burguesia, podia dispender muito do seu tempo no lazer Neste contexto o turismo, nasceu como um fenómeno elitista e minoritário, que denotava uma posição social, inicialmente baseadas na busca do exotismo, inspirados pelas histórias dos escritores românticos. A grande maioria da população não tinha direito a este tipo de lazer. Os destinos turísticos mais apreciados pelas classes aristocráticas da Europa e alguns artistas da época eram a costa do Mediterrâneo e do Rivieira Francesa, no inverno, spas de luxo, locais próximos da costa, os Alpes Suíços e casas de campo (cottages), no Verão, e os lagos dos Alpes franceses e italianos, Grécia, sul da Itália, norte da África, Egito, Paris e Londres, na Primavera e no Outono. Algumas personagens da época famosas por seus hábitos de turistas foram a Imperatriz Isabel da Rússia (1709-1762) ou o arquiduque da Áustria Luis Salvador (1847-1945), o "arquiduque errante".
Ao longo do tempo o turismo deixou de ser elitista, as classes sociais mais abastadadas, tal como a burguesia começaram a imitar a aristocracia europeia e posteriormente pela classe média, pelo que o número de visitantes de destinos aumentava