Turismo e território: sustentabilidade para quem?
Onde a economia capitalista gera nas pessoas necessidades, outrora desconhecidas, que é onde entra o turismo, capaz de vender paisagens idealizadas pela mídia, pela moda.
A autora versa também até que ponto o desenvolvimento sustentável, a sustentabilidade e o turismo se relacionam. E como o turismo pode se transformar num fator de melhoria para determinada localidade.
As modalidades de turismo de natureza que, aparentemente, estão mais próximas de uma concepção de turismo sustentável, são limitadas pelas estratégias de mercado, pelas políticas públicas de turismo que tomam a natureza como uma mercadoria valorizada para o turismo internacional, e pelas práticas sociais que, ao valorizarem estas áreas tornando-as exclusivas para as elites econômicas, instauram um processo contraditório de privatização de extensas áreas públicas.
A expansão do setor turístico potencializou uma nova forma de valorização das áreas naturais e transformou estas áreas em recurso paisagístico e mercadoria de consumo demarcadora de distinção social. Assim, os lugares valorizados são privatizados e restritos às classes médias e elites urbanas que vão ganhando a hegemonia na construção de uma nova formação sócio-espacial.
A autora diz também que repensar a sociabilidade, a territorialidade e a cidadania nos lugares turísticos pode ser uma contribuição para ambos – centros emissores e centros receptivos. Afinal, refletir sobre um novo projeto de humanização das cidades é uma possibilidade apresentada pelo turismo em relação às cidades