Turismo social
O SONHO DA CIVILIZAÇÃO DO LAZER Desde os gregos, filósofos sonharam com uma civilização do lazer. O entendimento de tempo livre, hoje é inseparável da organização do mundo do trabalho. Após muito tempo, conquanto o trabalho tenha melhorado para alguns, piorou para a maioria. Em que pesem as contradições, o turismo social vem se configurando como uma exigência das nações em desenvolvimento. É preciso que o discurso da inserção saia das falas e dos papéis e se converta em várias concretudes. O turismo também é uma forma de inserção. Sem dúvida, a verdadeira inclusão só se dá a partir do trabalho e, a rigor, seria mais lógico que cada um ganhasse o suficiente para organizar sua viagem como lhe aprouvesse, ao invés de depender de fórmulas especiais como a do turismo social.
O TURISMO SOCIAL E SUA POTENCIALIDADE Podemos definir o turismo social como aquele cuja organização, através de sindicatos, associações ou parcerias público-privadas, permite o acesso e hospedagem facilitados para grupos ou indivíduos de recursos limitados, com qualidade de transporte e hospedagem crescente, para destinos quaisquer, promovendo descanso, aquisição de conhecimentos, intercâmbios com outros grupos sociais, prática de esportes, solidariedade e outras preferências correntes no turismo comum, viabilizando, assim, mais um degrau de inclusão.
Em quase todos os países europeus, existem ONGs e operadores de turismo que criam facilidades excepcionais de viagem, mesmo que não sejam enquadradas como turismo social. O Brasil está caminhando nesse sentido, mas ainda é fraco essa acessibilidade.
De acordo com o Código Mundial de Ética do Turismo, seu item 7.2 estipula que “O direito ao turismo para todos deve ser visto como conseqüência do direito ao descanso e ao tempo livre, e, em particular, a uma razoável limitação da duração do trabalho e licenças periódicas pagas”. O turismo social permite