Turismo rural
Por Wilson Domingos Mingote Júnior
O turismo rural é, muitas vezes, confundido com turismo ecológico, mas nem sempre um ambiente rural oferece potenciais para a prática do turismo ecológico. Mesmo que algumas localidades ofereçam a oportunidade do aproveitamento destes dois segmentos turísticos, não é obrigatória a presença de atrativos naturais para que o turismo campestre aconteça.
O turismo rural é voltado para o campo, onde os consumidores têm a oportunidade de vivenciar na prática a vida campestre. Envolve práticas de agroturismo, cavalgadas, caminhadas, colheita de alimentos, ordenha de bovinos e caprinos, enfim, uma série de outras atividades que se relacionem em absoluto com o campo.
Para a implantação desta modalidade de turismo é necessário a preservação dos antepassados da região a ser explorada, tais como: a integração da população local, seus costumes, sua cultura, sua arquitetura. O turismo rural visa necessariamente a obtenção de lucros aos produtores rurais, de forma que viabilize um turismo com bases sustentáveis.
Dentro dessa sustentabilidade, é viável dar ênfase a três fatores:
• Sustentabilidade ecológica: A preservação do meio ambiente, de forma que os projetos para o desenvolvimento do turismo não agridam ou depredem a ecologia;
• Sustentabilidade sócio-cultural: Visa exatamente a integração da sociedade nos projetos desde o seu desenvolvimento até a sua prática, através de orientações sobre receptividade, na qual as pessoas que vivem no campo já sabem fazê-la bem, e também a preservação da arquitetura da região e sua cultura propriamente dita, que são os costumes e a rotina dos nativos; e
• Sustentabilidade econômica: Gerar lucros aos produtores rurais, para que eles se integrem na prática do turismo, diminuindo assim a questão do êxodo rural, que é uma preocupação também social.
O turismo rural teve início no Brasil na cidade de Lages, ao sul do estado de Santa Catarina, em 1984, havendo a necessidade de se