Tudor e stuart
O Renascimento foi uma revolução cultural, um amplo movimento de renovação nas áreas da filosofia, artes e ciências que deve ser considerado no âmbito das transformações políticas, económicas, sociais e religiosas que lhe foram contemporâneas e que marcaram a transição do feudalismo para o capitalismo da Idade Moderna. Da Itália, onde surgiu no século XV, difundiu-se por toda a Europa Central e Ocidental, assumindo as características distintivas de cada país e marcando, em cada território, o princípio dos Tempos Modernos.
Na Inglaterra, esta revolução foi tardia em relação aos outros países europeus, assumindo maior expressão na Era Isabelina (1558-1603). O período “Early Modern” (séculos XVI a XVIII), no qual o Renascimento se enquadra, é coincidente com as Dinastias Tudor (1485-1603) e Stuart (1603-1714) e define um contexto mais amplo de transformações políticas, económicas, sociais e religiosas que marcaram a transição do feudalismo medieval para o capitalismo moderno. É fundamental analisar estas transformações para melhor perceber o despontar do Renascimento inglês.
A Inglaterra Tudor teve o seu início com a autoproclamarão do Conde de Richmond (1485) como Henrique VII, Rei de Inglaterra após vitória na Batalha de Bosworth. Algo a salientar no reinado de Henrique VII, foi o facto de ter conseguido amenizar o ímpeto de destabilização do reino criado por dezenas de anos de Guerras das Rosas, que só têm o seu fim em 1487 aquando a última Batalha, segundo alguns historiadores. No entanto, o casamento com Elizabeth de York é assumido como principal acontecimento para a pacificação entre as famílias Lancaster e York. Com necessidade de garantir a estabilidade da governação rodeou-se de conselheiros, escolhidos pela sua competência, independentemente da sua origem social, algo pouco comum à época, e controlou a nobreza para garantir a segurança externa e interna e o equilíbrio das finanças do Reino através de meios de