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Aniela Improta França
Uma das habilidades lingüísticas mais complexas e admiráveis é a percepção e produção dos sons da língua nativa. Não nos damos conta disso a não ser quando verificamos as discrepâncias na fala de estrangeiros com variados níveis de proficiência. Geralmente, mesmo quando a sintaxe é impecável, a pronúncia raramente é perfeita. Fica claro que como nativos conhecemos uma grande quantidade de propriedades sonoras e de distinções significativas entre sons de nossa língua e todas essas informações são muito difícies de adquirir quando se fala uma segunda língua.
Dois ramos da lingüística se ocupam especificamente dos sons de língua: a fonética e a fonologia. A fonética estuda a natureza dos sons como realidade física e como eles são produzidos e percebidos. Sua unidade de sonora é o fone, que deve ser trsncritos entre colchetes [ ] . Esta ciência investiga os eventos físicos que ocorrem desde que o som é articulado e sai pela boca do falante até que ele chegue ao ouvido do ouvinte. A fonética desenvolve métodos para a descrição, classificação e transcrição de todos os sons de fala de todas as línguas naturais. Ela faz isso em três especialidades que enfocam aspectos específicos do som:
1. Fonética Articulatória: estuda os sons do ponto de vista fisiológico e articulatório.
2. Fonética Auditiva: estuda a percepção sonora da fala.
3. Fonética acústica: estuda as características físicas da propagação do som depois que ele sai da boca do falante.
Observação Importante: Existe uma diferença fundamental entre os conceitos de fone e o de grafema: •
mesa x sopa – um único grafema, por exemplo “s”, pode representar dois fones distintos:
[s], [z];
1
•
uma seqüência de dois grafemas, como em chuva, pode ser representada por um único fone [∫].
•
um único grafema, como “x” em léxico, pode representar dois fones [ks]
•
o mesmo fone, como [∫],