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No momento em que começam a se definir as candidaturas às eleições de outubro, para recondução ou renovação de governantes e legisladores, o que se percebe até mesmo de parte de homens públicos rodados é o acirramento de críticas, insinuações e maledicências. Acirra-se a bipolaridade característica da política brasileira nos momentos de campanha, quando o tom dos discursos sobe e o nível do debate desce. Decididamente, não é o que a população brasileira quer. Pleitos anteriores e as recentes manifestações populares demonstraram claramente que os cidadãos exigem ética e respeito na política e na administração pública.
A estratégia do ataque até causa impacto num primeiro momento, mas candidatos que apelam para ofensas e para o radicalismo têm sido rejeitados sistematicamente pelos eleitores. Não é de agora. Desde que foi lançada em 2002 a campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, os candidatos mais agressivos passaram a ser vistos com desconfiança. A legislação eleitoral também tem ajudado a manter as campanhas políticas em padrões aceitáveis de civilidade. Mas a popularização da internet e das redes sociais abriu novas perspectivas para os fabricantes de intrigas e dossiês, já que a rede permite não apenas o anonimato, mas também a disseminação rápida de boatos e ironias. São reprováveis tais artifícios — da mesma forma que o uso de mecanismos semelhantes por políticos que se aproveitam da visibilidade e de espaços na mídia para fazer insinuações contra adversários, tentando relacionar seus nomes com notícias negativas ou mesmo com fatos passados. Agindo assim, dão mau exemplo e contribuem para a descrença na classe política.
Precisamos todos contribuir de alguma maneira para desfazer esta imagem negativa dos dirigentes políticos, pois, querendo ou não, eles nos representam nas decisões