TSST
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Administração, n.º 10, vol. Ⅲ,
1990-4.°, 833-843
AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO
Chang Wing-Kwai*
1. INTRODUÇÃO
A avaliação da formação é como o clima. Toda a gente fala sobre isso, mas ninguém resolve nada. Apesar de, nos últimos anos, se ter assistido ao ressurgimento do interesse pela avaliação, muitos dos formadores parecem ainda considerar a formação e a gestão da formação em particular, como um «acto de fé». Pensam que a gestão da formação é, em si, algo de correcto e, como tal, não necessita de ser avaliada.
Há, de facto, muitas assumpções incorrectas sobre o «misterioso» processo de avaliação. Eis alguns exemplos dos mitos que frequentemente ouvimos:
«Não consigo medir os resultados do meu esforço de formação.»
«Não sei que informação recolher.»
«Se não posso calcular o resultado, é inútil avaliar o programa.»
«Medir é apenas eficaz nas áreas produtiva e financeira.»
«Há demasiadas variáveis implicadas na mudança de comportamento, para se poder avaliar o impacto da formação.»
«A avaliação conduzirá à crítica.»
Não obstante estes problemas específicos, quase todos os técnicos de formação estão de acordo em que todos os programas de formação devem ser avaliados, mas divergem relativamente ao que fazer e como o fazer.
2. O QUE É A AVALIAÇÃO?
De acordo com a maioria dos especialistas, avaliação é um processo sistemático que determina a validade, o valor ou o significado de alguma coisa. A. C. Hamblin, especialista em gestão da Universidade de Tecnologia de Bath, ao aplicar o termo avaliação à formação, define-a, em sentido lato, como «uma
* Responsável de formação, Civil Service Training Centre, Hong Kong.
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tentativa para obter informação (feed-back) sobre os efeitos de uma acção de formação e medir o valor desta à luz dessa mesma informação». Usualmente fornece elementos para decidir se um programa deve ser aperfeiçoado, mantido ou eliminado no seu conjunto. Contudo, a