Tráfico Negreiro
O tráfico de escravos causou verdadeira sangria na África: alimentou guerras internas, abalou organizações tradicionais, destruiu reinos, tribos e clãs e matou criminosamente milhões de negros.
Os portugueses já usavam o negro como escravo antes da colonização do Brasil, nas ilhas da Madeira e dos Açores (desde o ano de 1432, trazido pelo português Gil Eanes). O exemplo de Portugal foi seguido pela Espanha. Contudo, Portugal continuou a manter o monopólio deste tráfico por cerca de um século. O tráfico para o Brasil, embora ilegal a partir de 1830, somente cessou em torno de1850, após a aprovação de uma lei de autoria de Eusébio de Queirós, depois de intensa pressão do governo britânico, interessado no desenvolvimento do trabalho livre para a ampliação do mercado consumidor.
Iniciado na primeira metade do século XVI, o tráfico de escravos negros da África para o Brasil teve grande crescimento com a expansão da produção de açúcar (mão de obra ), a partir de 1560 e com a descoberta de ouro, no século XVII. A viagem para o Brasil era dramática, cerca de 40% dos negros embarcados morriam durante a viagem nos porões dos navios negreiros, que os transportavam. Mas no final da viagem sempre havia lucro.