Troy baker
O assassinato sancionado pelo estado representou o terrível episódio final da paródia judicial que perdurou por mais de duas décadas. Na atual situação constitui uma acusação condenatória de todo um sistema político e de um vergonhoso capítulo da história dos Estados Unidos.
A morte de Davis aconteceu após a rejeição pela Corte Suprema dos Estados Unidos de um apelo de última hora para adiamento da execução cerca de 10h20 da tarde, hora local. Às 10h53, um sedativo foi-lhe injetado nas veias., tornando-o inconsciente. Seriam suficientes somente cinco votos dos juízes para impedir que a morte acontecesse. No fim, mesmo esta medida temporária foi rejeitada pelos executores de togas negras (hipócritas).
Há muitas evidências que apontam para a inocência de Troy Davis. Mas o tribunal de apelação estatal negou-lhe clemência na terça-feira, não obstante o fato de sete das nove testemunhas que depuseram no julgamento retratarem seus testemunhos, alegando intimidação policial, e jurados publicamente repudiaram seus próprios pareceres.
Os protestos pacíficos, no lado de fora da prisão, em alguns momentos alcançando milhares de pessoas, foram rodeados por policiais, alguns portando equipamentos anti-distúrbios enquanto helicópteros circulavam em torno da área. Seu exemplo atraiu as atenções de milhões de pessoas no país e no mundo. Uma petição instando por clemência foi assinada por 600 mil pessoas. Sua eliminação insensata e inútil sem dúvida atingiu algo profundo na psique popular.
O sistema político americano em sua maior parte reagiu com indiferença. Particularmente sintomático foi o covarde silêncio do presidente Barack Obama, que se recusou a intervir no caso. Assim, Obama registrava seu apoio à pena de morte, prática banida por vasta maioria das nações industrializadas.
Por ultimo, destacando, que os Estados Unidos têm a maior população prisional, tanto em números absolutos quanto em percentual populacional. Os