Trovadorismo e humanismo
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
As cantigas Trovadorescas (relativas ao período do Trovadorismo) podem ser divididas em quatro subgrupos:
Cantigas de amor: Os trovadores dirigiram-se a mulher amada, trata-a como figura idealizada e distante se submetia em posição abaixo da mulher amada, se colocavam a serviço da mulher amada, mas não a conquistavam, pois ou ele tem medo ou ela rejeita tua canção.
Características: Vassalagem amorosa, Amor impossível, Assunto principal: o sofrimento amoroso do eu lírico perante uma mulher idealizada e distante, Eu lírico masculino.
Cantigas de Amigo: O eu lírico é uma mulher apaixonada, às vezes em ambiente natural, e também muitas vezes em dialogo com sua mãe. Por vezes ela lamenta a ausência do amado e por vezes cantando a alegria a alegria do próximo encontro. Muitas vezes a cantiga também revela a tristeza da mulher. O principal geralmente é a lamentação da mulher pela falta do amado.
Características: Eu lírico feminino, amor possível, influencia da tradição oral ibérica, amor espontâneo e natural, predomino da musicalidade, assunto principal: o lamento da moça cujo namorado partiu.
Cantigas de Escárnio: Faziam criticas ou sátiras indiretas a alguém, o nome da pessoa satirizada não aparecia, tinham duplo sentidos e a sátira era feita de forma indireta, geralmente feita por trovadores que “perdiam” suas amadas, e faziam cantigas criticando-as.
Características: Ironia, linguagem trabalha com muitas sutilezas, ambigüidades e trocadilhos, nome da pessoa satirizada normalmente não é identificado
Cantigas de Maldizer: O nome da pessoa