Troca de poderes da Grendene
Matéria da revista Época Negocios.
Hora certa de pendurar a sandália.
Ano a ano a empresa gaúcha vem aumentando o número de vendas, apesar dós concorrentes chineses. Os diretores dizem que o segredo é a combinação de marca, produtividade, design e escala, um conjunto que vem agradando o mercado consumidor. Nem mesmo a troca de comando na empresa abalou a boa fase. Os irmãos Pedro e Alexandre Grendene, deixaram a liderança do negocio que criaram há 42 anos, segundo eles mesmos para completar o processo de profissionalização da empresa.
Rudimar Dall’Onder assumiu a presidência, ele não é da família, mas é cria da Grendene a 34 anos de dedicação à empresa, começando a carreira como gerente de departamento de informática. A vice-presidência Foi ocupada por Gelson Luis Rostirolla Ex-diretor financeiro e administrativo, funcionário da Grendene há 30 anos.
A saída da família do dia a dia da Grendene coincide com um dos melhores momentos da companhia. No primeiro trimestre a Grendene lucrou 25% a mais e anunciou duas novidades: uma nova fábrica no Ceará e uma parceria com o designer Philippe Starck e o banco BTG Pactual numa empresa que produzirá moveis de plástico.
A empresa colhe hoje os frutos de uma estratégia de negócios que foi adotada mais por acaso do que por horas debruçadas sobre planos estratégicos e planilhas de custo. Alexandre e Pedro Grendene enxergaram um potencial maior para o plástico injetável. Depois de viajarem à Riviera Francesa, tiveram a ideia de confeccionar uma sandália parecida à dos pescadores da região. Nascia assim sandália Melissa, um calçado simples mas com um material um design que caíram no gosto brasileiro.
A sandália de plástico injetado, feito de uma peça inteira e com poucas partes para serem colocadas manualmente, seria uma vantagem competitiva num mundo no qual a China e seus vizinhos asiáticos são capazes de produzir sapatos extremamente baratos. Produção em larga escala, baixo custo e