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Conhecida por suas características extremas, desde exuberantes belezas da natureza a um dos lugares mais pobres do mundo, a Tanzânia é um país de fortes culturas e tradições africanas, muitas vezes identificada como “Berço da Humanidade”.
Mulheres com enormes baldes e sacolas sendo equilibrados na cabeça, os corpos cobertos de panos coloridos e toalhas amarradas carregando suas crianças nas costas; ruas com pessoas correndo em meio a um caos de carros sem lugar para atravessarem; calçadas lotadas de comerciantes que vendem de comida a apenas um pé de sapato. A curiosidade diante do estranho, sempre acompanhada de um sorriso e de olhos que parecem dizer mais do que qualquer palavra pode ser capaz.
Todas essas características pincelam a cultura de um local com a maior diversidade de que já conheci, e nela há duas coisas primordiais a se lembrar: o idioma suaíli e o povo massai. Suaíli é um nome derivado da palavra árabe Sawahil, que significa “habitantes da zona costeira”, é também a língua mais falada do país, por cerca de 90% da população. Os Massai, conhecidos como um povo guerreiro, seminômades e pecuaristas preservam de geração em geração suas tradições culturais. Vestem-se com panos vermelhos quadriculados, alargadores nas orelhas, enormes colares de miçangas coloridas e um cajado, vivem a 500 anos na Tanzânia junto aos animais selvagens e conservam uma relação sagrada com suas terras.
Com um roteiro de 14 dias, um grupo de 20 pessoas viajando em jipes, caminhões e balsas com a única intenção de explorar e conhecer cerca de nove cidades e suas culturas.
Roteiro de viagem
Arusha
Saímos de Nairóbi, Quênia, e passamos o dia na estrada. Cruzamos a fronteira de caminhão até Arusha, uma cidade de apoio entre os parques do Quênia e da Tanzânia. A cidade é um dos poucos pontos da região onde é possível encontrar supermercado, bancos e lojas, o que a torna um ponto praticamente obrigatório a turistas que estão a caminho dos safáris, a fim de abastecerem suas