Triplice Entente
Esse processo de alianças na virada do século XIX para o XX reflete uma mudança que ocorria no cenário político europeu: as antigas potências, Grã-Bretanha e França, com seus vastos impérios coloniais distribuídos pelo globo, vinham sofrendo a concorrência de novas forças como Alemanha e Itália, recentemente constituídos estados nacionais unificados, que rapidamente conquistavam tanto fatias importantes dos mercados globais quanto inauguravam seus próprios impérios coloniais.
Esta concorrência de novas forças políticas naturalmente gerou graves atritos. A solução para resolver as discórdias foi a constituição de acordos econômicos, políticos e militares onde países com interesses semelhantes se reuniam. Assim, dois blocos distintos se destacaram: a "Tríplice Aliança" e a "Tríplice Entente". Esta criação de alianças, combinada com a diplomacia secreta, prática comum em meio à política europeia na época, foram fatores determinantes para o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
A Tríplice Entente seria formada em 1907, justamente pelos principais rivais da Alemanha nas disputas por mercado e áreas coloniais. Caso ocorresse um conflito e a Alemanha saísse vitoriosa, esta poderia se tornar senhora do comércio internacional, país preponderante politicamente na Europa e ainda conquistar vários territórios coloniais, expandindo o seu império. Enfim, era o sonho máximo dos pangermanistas, os simpatizantes de uma supremacia política e econômica alemã, apoiada ainda pelo velho Império Austro-Húngaro.
Por ocasião da guerra, a Itália seria convencida a se unir à Entente a partir de um trato feito com a Inglaterra. Após