Trauma gestacional
1. Introdução
A gravidez é compreendida por aproximadamente 40 semanas de gestação que vai desde a concepção até o nascimento, no qual é divido em três semestres. O primeiro termina por volta da 12ª semana de gestação, o segundo é um período um pouco mais longo que os outros dois que termina por volta da 28ª semana (PHTLS, 2007). Fisiologicamente ao longo da gravidez ocorre o desenvolvimento do feto, já no primeiro trimestre o útero é fortemente protegido pelos ossos da pelve materna, pois até a 12ª semana de gestação ele ainda é um orgão intrapélvico, no segundo trimestre encontra-se na altura do umbigo entre 20 a 22 semanas, consequentemente ocorre o aumento da quantidade de líquido que é considerado um fator de proteção para ele, mas por esse motivo no caso de ocorrer um trauma abdominal fechado o feto torna-se vulnerável a ter uma embolia de líquido amniótico e uma coagulação intravascular disseminada que será diagnosticada pela redução de fibrinogênio abaixo de 250mg/dl. E por último no terceiro trimestre a parede uterina vai se tornando mais fina e o feto que agora ocupa quase totalmente a cavidade do útero passa a ter uma maior exposição ao trauma o que diminuíra os cuidados diretos de primeiros socorros com a mãe e aumentará os cuidados indiretos com o feto (CORSI e RASSLAN, 2004; BERGERON et al., 2007; PEREIRA JÚNIOR, et al., 1999). Antigamente era raro gestantes vítimas de trauma, mas hoje tem se tornado um problema cada vez mais comum que vem aumentando as estatísticas de morbimortalidade, principalmente nos grandes centros urbanos, e os mais comuns são acidentes automobilísticos e por armas de fogo. Esses tipos de acidentes acarretando mortes maternas e perinatal poderiam ser evitadas, pois dependem de atitudes de prevenção primária por parte das pessoas, dos fabricantes de veículos, e secundariamente num melhor treinamento da equipe de saúde que trata de urgências e emergências à gestantes vítimas de trauma