Tratamento de residuos na zona rural
A legislação brasileira coloca a embalagem vazia de defensivos agrícolas na classificação de resíduo perigoso, devido ao alto grau de contaminação humana, e até mesmo ao próprio solo.
Só que até o ano de 2006, pouca coisa era feita em torno desse problema, algumas secretarias de meio ambiente municipais, criavam postos de recolhimento.
Um projeto implantado pela prefeitura de Uruguaiana, teve como objetivo, centralizar e dar uma destinação correta a embalagens vazias de agroquímicos. Esse projeto envolveu um universo de produtores filiados á cooperativa da região, que utilizavam cerca de 60 mil embalagens de herbicidas, 40 mil de inseticidas, 35 mil de fungicidas e 10 mil de outros agrotóxicos.
Em média as embalagens de plásticos representavam 40% de volume total, as de vidro, metal e papelão 50%, enquanto os 10% restantes são de sacos plásticos.
Foi construído um galpão para o recebimento das embalagens, com uma prensa enfardadeira (que produz fardos de 50 a 80 quilos de materiais plásticos ou metálicos), um triturador de vidro e uma área de armazenamento.
Cada um desses materiais, uma vez reunida a quantidade necessária ao processamento industrial, era encaminhado para seu destino final, seja para reciclagem ou destruição, sob controle das autoridades ambientais do estado.
O plástico, por exemplo, era destinado a uma empresa da região, que o reciclava, aproveitando-o na produção de artefatos que ofereciam segurança de uso, como conduítes para fios elétricos.
Muitas empresas do Rio Grande do Sul que vendiam defensivos agrícolas, se preocupavam com o descarte das embalagens, com isso possuíam um espaço destinado ao recebimento de tais embalagens, e quase sempre essas embalagens eram incineradas, mas muitas vezes nem todos os produtores, davam o destino certo aos resíduos.
Geralmente produtores de grande porte, tinham um uso mais racional de agrotóxicos, com orientação de um agrônomo, compravam o produto em um