Tratamento de lesoes cronicas
A pele é o maior órgão do corpo humano, tornando-se essencial sua integridade para a vida humana a fim de cultivar o funcionamento fisiológico do organismo (SALOMÉ; ARBAGE, 2008). Por ser um órgão externo, está aberta a modificações que podem ser ocasionadas por traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, distúrbios do metabolismo ou defeito de formação (CUNHA, 2006). Essas modificações são chamadas de feridas, definidas como “o rompimento da estrutura e do funcionamento da composição anatômica normal, resultante de um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s).” (CUNHA, 2006, p. 14). Segundo Carneiro, Souza e Gama (2010, p. 495), “as feridas podem ser crônicas com longa duração e ter frequentes recidivas, como a úlcera por pressão; e as agudas que corresponde rapidamente à cicatrização sem complicações, como as traumáticas e cortes”. As lesões crônicas são as que mais preocupam a sociedade e a saúde pública, pois acometem uma alta parcela da população, geram custos econômicos para tratamento e causam diminuição do valor social devido à incapacidade e a dependência que elas trazem (TUYAMA et al., 2004). As úlceras por pressão (UPs) são conhecidas em todo o mundo e têm tido destaque como a ferida crônica que acomete a população de forma mais crescente. No Brasil, segundo Rangel et al. (1999 apud MENDES; SALMERON, 2010), não existem estudos englobados que lembrem a prevalência e incidência dessas lesões, mas sabe-se que o problema existe e tem sido bastante freqüente. Úlceras por pressão, segundo Santos et al. (2010, p. 125), é definida como “área localizada de morte celular, desenvolvida quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por longo período de tempo, provocando a interrupção do fornecimento de sangue para a área”. Essas feridas são conhecidas há séculos e muitas vezes foram