Paracoccidioidomicose e Odontologia
INTRODUÇÃO
Segundo o ministério da saúde a paracoccidioidomicose, consiste em uma micose profunda, geralmente com sintomatologia cutânea importante e grave.
Sua história está ligada basicamente a três nomes, Adolfo Lutz, que primeiro a descreveu, em 1908; Afonso Splendore, que em 1912 propôs a denominação de Zymonema brasiliense; e a Floriano de Almeida, que definitivamente distinguiu o agente do Coccidioides immitis, propondo a denominação Paracoccidioides brasiliensis.
Conhecida no passado por ampla sinonímia, como “granuloma coccidioico”; “granuloma paracoccidioico”; “micose de Lutz”; “blastomicose”; “blastomicose sul-americana”, foi finalmente oficializada como paracoccidioidomicose cm 1971 pela Organização Mundial de Saúde.
Apresentando-se de várias maneiras, a forma crônica, conhecida como "tipo adulto", é caracterizada por comprometimento pulmonar, lesões ulceradas de pele, mucosas (oral, nasal, gastrointestinal), linfoadenopatia; na forma disseminada, pode acometer todas as vísceras, afetando frequentemente a supra-renal. Na forma aguda ou sub-aguda é conhecida como "tipo juvenil" sendo rara mas que em sua ocorrência compromete o sistema fagocítico-mononuclear e leva à disfunção da medula óssea.
Sua manifestação na cavidade oral é evidenciada por uma estomatite, com pontilhado hemorrágico fino, conhecida como "estomatite moriforme de Aguiar-Pupo".
Há vários tipos de interação entre o P. brasiliensis e o homem:
Infecção paracoccidióidica - Caracteriza-se apenas por contágio do indivíduo pelo fungo, sem a presença de doença clinicamente manifesta.
Paracoccidioidomicose (doença) - Caracteriza-se pela presença de manifestações clínicas relacionadas a um ou mais órgãos, dependentes das lesões fúngicas em atividade ou de suas sequelas.
Forma regressiva - Doença benigna com manifestações clínicas discretas, em geral pulmonares. Apresenta regressão espontânea, independente de tratamento.
Forma progressiva - Ocorre