TRATAMENTO DE ESGOTO
O tratamento do esgoto gerado será realizado através de fossa séptica, que possui a capacidade de remover grande parte do material orgânico, reduzindo a carga poluente do esgoto bruto, antes de se infiltrado no solo, pois a região não apresenta rede pública de coleta e tratamento de esgoto sanitário, sendo assim passível de tal sistema de acordo com a ABNT/NBR7229. Os tanques sépticos são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico onde os microorganismos consomem a matéria orgânica existente. Segundo Ávila os tanques sépticos são reatores anaeróbios biológicos responsáveis basicamente pela remoção de matéria orgânica em ambientes sem oxigênio, ou seja, a matéria orgânica é transformada pelos diferentes microorganismos em compostos mais simples como metano e gás carbônico.
Segundo Chernicharo (2001), as principais vantagens do processo de digestão anaeróbia, estão especialmente relacionados à baixa produção de sólidos, baixo consumo de energia, baixo custo de implantação e produção de gases com alto poder calorífico (metano). Ávila declara que além das vantagens citadas anteriormente, o tanque séptico possui múltiplas funções como, por exemplo, à retenção dos despejos domésticos, a decantação, sedimentação e digestão anaeróbia de sólidos.
A primeira etapa do sistema de tratamento por tanque séptico consiste no armazenamento do esgoto bruto, a partir daí começa ocorrer à decantação, ou seja, a separação da fase líquida, gasosa e sólida, sendo mais eficiente em sistemas que apresentam tempo de retenção mais elevados. Após a decantação ocorre a sedimentação dos sólidos para o fundo do tanque séptico, através da ação da gravidade. Contígua a esta etapa começam a surgir algumas pequenas bolhas de gases, produzidas na digestão anaeróbia, que antecipam a subida das partículas menos densas formando a escuma. A digestão biológica do material sedimentado (lodo) ocorre com intensidade mais elevada do que do material