Tratamento das Fraturas
Alexandre Pedro Nicolini; Bruno Jannarelli; Mario Henrique Lobão Gonçalves; Francesco Camara Blumetti; Eiffel Tsuyoshi Dobashi; Akira Ishida
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Brasil
Endereço para correspondência
RESUMO
OBJETIVO: O tratamento e os desvios angulares tolerados nas fraturas diafisárias do antebraço em crianças evoca opiniões divergentes na literatura. Frente a esta indefinição, idealizamos este trabalho com o objetivo de avaliar transversalmente os métodos terapêuticos preferenciais para esta lesão durante o 39º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia.
MÉTODO: Foram respondidos 759 questionários (13% do total de inscritos). Abordamos os aspectos gerais da amostra estudada para traçar o perfil do ortopedista questionado. Foram expostas duas situações clínicas em indivíduos de 12 (CASO 1) e 5 anos (CASO 2), sendo apresentadas radiografias com fraturas do antebraço destes pacientes. Os dados obtidos foram compilados e submetidos à análise estatística.
RESULTADO: O tratamento mais indicado no CASO 1 foi redução incruenta e fixação com fios de Kirschner (26%), enquanto no CASO 2 foi redução incruenta seguida de aparelho gessado (46%).
CONCLUSÃO: Entre os ortopedistas com menos de 30 anos, a escolha por tratamentos menos invasivos e aceitação de maiores angulações prevaleceu para ambos os casos. Os traumatologistas aceitam menor angulação e tendem aos tratamentos invasivos, particularmente para o CASO 2. Já o ortopedista pediátrico opta por tratamentos menos invasivos e aceita maiores desvios angulares.
Descritores: Tratamento. Fratura. Antebraço. Criança.
INTRODUÇÃO
As fraturas dos ossos do antebraço são as mais prevalentes na infância e adolescência e correspondem de 30% a 50% de todas as lesões que acometem o esqueleto imaturo.
A redução incruenta adequada mantida