Segundo uma revisão sobre transtorno do sono realizada por Reynolds et al (2000), dentro das Dissonias encontra-se a insônia primária que se associa habitualmente a um aumento do nível de alerta fisiológico e psicológico durante a noite, junto a um condicionamento negativo para dormir. A preocupação intensa e o mal-estar relacionados com a impossibilidade de dormir dão lugar a um círculo vicioso, pois quanto mais o paciente tenta dormir, mais frustrado e incomodado se sente, o que acaba dificultando o sono. Com frequência os pacientes dizem dormir melhor fora do seu quarto e do seu ambiente. A insônia crônica pode acarretar uma diminuição da sensação de bem-estar durante o dia, caracterizada pela alteração do estado de ânimo e da motivação, diminuição da atenção, da energia e da concentração e aumento da sensação de fadiga e mal-estar. Reynolds et al (2000) afirma que embora existam sintomas de ansiedade ou de depressão, eles não permitem estabelecer o diagnóstico de um transtorno mental. No entanto, a alteração crônica do sono, que caracteriza a insônia primária, constitui um fator de risco para o aparecimento posterior de um transtorno de ansiedade ou depressão. Os pacientes que apresentam insônia primária crônica utilizam de maneira inadequada hipnóticos e álcool para favorecer o sono, e bebidas com cafeína ou outros estimulantes para combater a fadiga diurna. Aproximadamente 80% dos pacientes depressivos apresentam queixas pertinentes a mudanças nos padrões do sono. Entre as principais alterações, é destacada a insônia, considerada um importante predito do aumento do risco de depressão no seguimento de um a três anos (Harvey, 2001). Os transtornos de sono estão relacionados a diversas condições clínicas, como a depressão, cuja relação é bem conhecida. Uma parcela expressiva dos pacientes depressivos queixa da deterioração tanto da quantidade como da qualidade do sono (Lucchesi et al., 2005). O transtorno do sono mais