Transporte Carga
FRETES RODOVIÁRIOS PARA
PRODUTOS AGRÍCOLAS
Marcelo Gimenes Soares
José Vicente Caixeta Filho
v.4, n.2, p. 186-204, ago. 1997
Departamento de Economia e Sociologia Rural
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Universidade de São Paulo
Av. Pádua Dias, 11
13418-900 - Piracicaba - SP
E-mail: jvcaixet@carpa.ciagri.usp.br
Resumo
O mercado de frete rodoviário no Brasil não sofre nenhum tipo de controle governamental, significando que os preços são formados a partir da negociação direta entre a oferta e a procura pelo serviço. Os transportadores não estão, necessariamente, atualizados sobre todas as variáveis de seu custo para estarem aptos a negociar com os demandantes. Tais demandantes, por outro lado, podem desempenhar maior poder de negociação para obter descontos no valor do frete. Tendo em vista o aprimoramento da qualidade das informações sobre fretes, tanto para ofertantes quanto demandantes pelo serviço de transporte, foi realizado levantamento de valores para produtos agrícolas selecionados, assim como identificadas as principais características do escoamento rodoviário de cargas agrícolas. Dessa forma, ficou evidenciada a diferenciação do valor do frete de acordo com o tipo de produto e verificou-se que a estrutura do mercado de frete para granéis sólidos (açúcar, milho, soja e farelo de soja) é bastante distinta, mais pulverizada e talvez menos profissional que a estrutura observada para os granéis líquidos estudados (suco de laranja e óleo de soja).
Palavras-chave: frete, logística, transporte, cargas agrícolas.
1. Introdução
M
uito se tem comentado sobre a competitividade dos sistemas produtivos brasileiros, desde a
unidade de produção rural e seus fornecedores de insumos até a distribuição de produto para os compradores finais de alimentos.
GESTÃO & PRODUÇÃO v.4, n.2, p. 186-204, ago. 1997
Tem-se presenciado um progresso muito significativo no desenvolvimento e