Transplante de òrgãos
A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento crucial que a perda pode ser transformada em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que passam anos na fila de espera por um transplante de órgãos.
História
O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em 1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray realizou um transplante de rins entre dois gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women. Murray se baseou na descoberta dos médicos até então de que em transplante entre gêmeos idênticos não havia o perigo de rejeição uma vez que o genoma de ambos, receptor e doador, são o mesmo.
Porém, foi somente na década de 60 que os médicos descobriram um meio de realizar um transplante de órgão entre não parentes sem que houvesse a rejeição. Mesmo assim, os riscos eram altos e as chances de sobrevivência após a cirurgia eram baixíssimas. Foi só a partir da década de 80 que os medicamentos imunossupressores tiveram uma evolução tremenda e possibilitaram que a prática de transplantes de órgãos e tecidos se tornasse rotineira. Mas ainda faltava uma barreira a transpor: a falta de informação e o preconceito.
Ética e religião
A maioria absoluta das religiões defende a prática do transplante de órgãos como um ato de doação e amor ao próximo, porém, em algumas delas só é aceito o transplante entre órgãos e tecidos “limpos” ou seja, onde não haja troca de sangue. Em todas elas a doação é uma opção individual e nos casos de doador falecido a família deve autorizar a doação (o que aliás é também uma exigência legal no Brasil).
No judaísmo, por exemplo, a doação de órgãos só é permitida se o receptor for conhecido para evitar que o órgão retirado, se não utilizado, seja inadvertidamente descartado, uma vez que para os judeus o corpo é sagrado e deve ser enterrado de acordo com suas tradições.
Quanto à questão ética é também defendida que a