Transplante de medula pediatria
Simpósio: TRANSPLANTE DE MEDULA OSSEA Capítulo III
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA EM PEDIATRIA E TRANSPLANTE DE CORDÃO UMBILICAL
BONE MARROW TRANSPLANTATION IN CHILDREN AND CORD BLOOD TRANSPLANTATION
Luís Fernando S. Bouzas
Vice-Diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea, Coordenador do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Instituto Nacional do Câncer CORRESPONDÊNCIA: Praça Cruz Vermelha 23 / 70 andar - Centro- Rio de Janeiro – RJ CEP 20230-030
BOUZAS LFS. Transplante de medula óssea em pediatria e transplante de cordão umbilical. Medicina, Ribeirão Preto, 33: 241-263, jul./set. 2000.
RESUMO: O transplante de medula óssea tem sido utilizado em crianças, no tratamento de um crescente número de doenças hematológicas, malignas ou não, e nos tumores sólidos. A fonte de medula óssea, nesses casos, tem sido, na sua maioria, alogênica, incluindo doador relacionado HLA-idêntico; relacionado com um antígeno HLA diferente; não aparentados, HLAidênticos; ou, em raras circunstâncias, relacionado com dois ou três antígenos HLA diferentes . As células do sangue do cordão umbilical e placentário (SCUP) têm sido consideradas para transplante alogênico, aparentado ou não, com resultados promissores. A relativa facilidade de obtenção, a flexibilidade quanto à compatibilidade HLA entre pacientes e doadores e a possibilidade de armazenamento em bancos de células são alguns dos fatores que têm contribuído para o desenvolvimento da técnica. Os pacientes tratados com tumores sólidos recebem, em sua maioria, transplantes autogênicos de medula ou de células de sangue periférico. As complicações dos transplantes continuam a incluir a toxicidade precoce ou tardia dos regimes de condicionamento, doença de enxerto-contra-hospedeiro aguda e crônica, infecções, imunodeficiência prolongada e recidiva da doença de base. Com o aumento do tempo da sobrevida, principalmente na faixa etária pediátrica, existe uma