transição do feudalismo ao capitalismo
CAPITALISMO
A acumulação pré-capitalista se iniciou com os títulos e bens destinados à especulação. Outro fator importante foi o fenômeno conhecido como “cercamento” apropriando-se transformação da propriedade agrícola em empresa manejada segundo critérios de lucro; êxodo rural; criação de ovelhas; pirataria; comércio; saque das colônias; formação do exército de reserva. O mercantilismo, como politica econômica de uma era de acumulação primitiva, integra e coordena estes esforços de uma burguesia em expansão, garantindo-lhe privilégios, lucros, exclusividades, defendendo, em suma, os seus níveis de renda, através da proteção estatal. A liberação da mão de obra, principalmente a camponesa, e a consequente formação de um proletariado constituem apenas a outra face do processo que denominamos de acumulação primitiva. A liberação da mão de obra na agricultura está ligada ao processo de cercamento dos campos, já descrito, ao qual cabe a maior parte da responsabilidade pela expropriação do camponês, privando-o de suas terras e reduzindo-o á condição de assalariado. Na indústria a liberação da mão-de-obra processa-se de maneira mais lenta, uma vez que as corporações defendem vigorosamente os seus privilégios. Apesar dessa resistência, as corporações foram incapazes de impedir o desenvolvimento da indústria doméstica rural, bem como o aparecimento das manufaturas privilegiadas, de modo que esses novos setores concorrem de maneira crescente com a produção das oficinas corporativas incapazes de acompanhar a expansão do mercado consumidor. Os progressos técnicos, portanto, permitiam que se inventassem maquinas capazes de multiplicar o trabalho humano chegaria propriamente a dispensa-lo. Numa segunda etapa coube á maquina investir de papel decisivo no processo de separação entre o trabalho e os seus instrumentos de trabalho, acentuar a distinção entre o capitalista, dono do capital e das maquinas, e o trabalhador