Transfusão de sangue
O doping sanguíneo pode ser realizado através da infusão de hemácias ou através da administração de eritropoietina com o objetivo de estimular artificialmente a formação de hemácias. O doping sanguíneo pode aumentar a capacidade de um atleta para desempenhar exercícios de endurance de caráter submáximo e máximo. Além disso, o doping sanguíneo pode ajudar a reduzir a sensação fisiológica de esforço durante exercícios em altas temperaturas e provavelmente em grandes altitudes. Por outro lado, o doping sanguíneo está associado com riscos que podem ser importantes e podem prejudicar o desempenho. Os riscos conhecidos podem ser ainda maiores por controles médicos inadequados e pela ocorrência de desidratação durante o exercício em condições ambientais adversas. Finalmente, os riscos do ponto de vista clínico associados com o doping sanguíneo foram estimados através de estudos cuidadosamente controlados e o uso do doping sanguíneo sem supervisão médica aumenta esses riscos. É posicionamento oficial do Colégio Americano de Medicina do Esporte que qualquer procedimento de doping sanguíneo utilizado como uma tentativa de melhorar o desempenho atlético é antiético, desonesto e expõe o atleta a riscos imprevisíveis e potencialmente importantes para a saúde.
INTRODUÇÃO
Este Posicionamento Oficial enfoca a prática de aumentar a massa de hemácias – "doping sanguíneo" – com o propósito de melhorar o desempenho físico. As hemácias influenciam o desempenho pelo fato de transportarem oxigênio para os músculos esqueléticos e auxiliarem na manutenção do equilíbrio ácido-básico. Acredita-se que um aumento modesto da massa de hemácias, da ordem de 5%, represente uma adaptação ao treinamento de endurance que leva vários meses para ocorrer1-3. Entretanto, alguns atletas escolheram aumentar artificialmente a massa de hemácias através da infusão de um concentrado de hemácias previamente armazenado ou através da