transduçao vestibular
Existem dois tipos de células ciliadas (tipo I e tipo II) que são responsáveis pelo processo de transdução sensorial na periferia vestibular. Tais células assemelham-se, no entanto, em relação à organização morfológica dos cílios e ao seu papel funcional. Toda célula ciliada vestibular possui o quinocílio que é único, e uma fileira de estereocílios. Em geral, os cílios estão imersos em algum tipo de substrato, fornecendo este, um meio cuja inércia favorece a sua deflexão (movimentação dos cílios), que é o inicio do processo de transdução.
As células tipo I e II são diferentes em relação à sua morfologia, localização preferencial nos epitélios sensoriais e, também, quanto ao padrão de sua inervação. O tipo I é inervado por fibras que apresentam um padrão de descarga mais irregular, apresentando adaptação mais rápida a estímulos contínuos e, por isso, mais adequadas à percepção de velocidades e taxas de variação. As células do tipo II, são inervadas por fibras que exibem um padrão mais regular de descarga, respondendo preferencialmente a estímulos tônicos.
As células ciliadas vestibulares são funcionalmente polarizadas. Quando os estereocílios são dobrados na direção do cílio mais longo, o quinocílio, aumenta a condutância na membrana apical para os cátions, e a célula vestibular ciliada se despolariza. De modo contrário, quando os cílios são dobrados para longe do quinocílio, a célula ciliada fica hiperpolarizada. Esta célula libera tonicamente um neurotransmissor excitatório, que pode ser glutamato ou aspartato, de tal forma que a fibra aferente com a qual faz sinapse, apresenta atividade em repouso. Quando a célula ciliada fica despolarizada, é liberado mais neurotransmissor, o que aumenta a descarga da fibra aferente. Ao contrário, quando fica hiperpolarizada, libera-se menos neurotransmissor e a freqüência dos disparos da fibra aferente fica mais lenta ou cessa.
Bibliografia: