Trangenicos
O receio de que o consumo de alimentos derivados de plantas GM resulte em grande risco de manifestações alérgicas é um dos argumentos bastante explorados por ativistas antibiotecnologia. Entretanto, como os alimentos transgênicos são obrigatoriamente testados para avaliar seu potencial alergênico, por meio de protocolos aprovados por organismos internacionais, sua segurança é muito maior do que os alimentos convencionais. Como ilustração, cita-se o caso do amendoim comum, com cerca de 12 proteínas alergênicas, cuja utilização na alimentação humana não sofre qualquer restrição legal.
Semelhantemente, a teoria de que o DNA transgênico poderia afetar a saúde humana, por aderir a células intestinais, também foi refutada. Todos os dias ingere-se entre 0,1 e 1 grama de DNA na alimentação. Se o alimento for derivado de planta GM, apenas uma partícula desse DNA será transgênico (entre 1/100.000 e 1/1.000.000). Pesquisadores mostram evidências de que sua digestão não difere do que ocorre com o DNA de qualquer alimento. Além do mais, os organismos são dotados de ‘barreiras’ que inibem as transferências de genes de plantas para o genoma animal, lembra a comissão.
Como os países europeus têm sido excepcionalmente cautelosos com relação aos alimentos geneticamente modificados, o relatório dessa comissão vem abalar as já desgastadas argumentações desprovidas de fundamentação científica ou, mesmo, circunstancial, usadas em campanhas de oponentes da biotecnologia, os quais se dedicam a difundir a idéia de que os