Trajetória japonesa entres os séculos xix e xx
Século XIX
Ordem Social No final século XVII o Japão rural vinha passando por modificações em seu sistema de produção. Muitos feudos e regiões passaram a dedicar-se exclusivamente na produção de matérias-primas como o algodão e seda, que iam direto para tecelagens instaladas em grandes centros urbanos, logo depois desenvolveram uma prospera indústria manufatureira. “A produção manufatureira regional passou a alimentar o comércio e desenvolver uma intensa circulação monetária não prevista anteriormente. Isso funcionou como fator de desequilíbrio dentro do antigo sistema, montado basicamente sobre o monopólio agrícola.” (p. 125-126) Muitas famílias deixaram a produção agrícola e a iniciavam um novo caminho na fabricação de algodão e seda. A industrialização rural também auxiliou o incremento da produtividade agrícola, pois os japoneses passaram a adotar os sistemas de irrigação, fertilizantes e arados. Os maiores lucros de senhores e os camponeses atrelados a melhorias no estilo de vida da população ocasionaram um crescimento demográfico populacional de 1% ao ano, causando correntes imigratórias do campo para a cidade. “O sistema feudal japonês dá espaço para o desenvolvimento interno dos feudos, para o aumento da produção agrícola, de excedentes, e o conseqüente desenvolvimento do comércio.” (p. 126) Os comerciantes passaram a emprestar dinheiro aos senhores e samurais, ganhando assim um papel fundamental na estrutural social, porém dentro da estrutura eles ainda configuravam um grupo abaixo da nobreza e dos samurais. Detinham o poder econômico, mas o direito a terra. Não tardou para surgir significativas mudanças sociais onde comerciantes lutavam por mais direitos e espaço na