Trajetória da Argentina
O presente trabalho pretende associar fatos políticos com o conteúdo estudado em sala, para tanto, será abordado o pensamento de Maquiavel em “O Príncipe”, dando ênfase ao conceito de astúcia e crueldade na ação política e também, sua analise sobre a necessidade do homem ser fiel à palavra dada. Tais conceitos, de concepção negativa do homem, serão relacionados com a história política da Argentina. Especificamente, no período de mandato de Carlos Saúl Menem, o qual foi eleito sob promessa de cuidar dos pobres e garantir uma “revolução trabalhista”, no entanto, dias após ser eleito mudou totalmente seu discurso, levando a situação política, econômica e social da Argentina a um caos total.
Introdução: Contextualização do Cenário Argentino e Governo de Menem. A história recente da Argentina tem sido marcada por eventos de grande impacto, entre eles uma transição difícil para a democracia, um período de hiperinflação e a busca por mais igualdade social e estabilidade política em um contexto de globalização e do individualismo em alta. A eleição de Carlos Menem em 1989 ocorreu em meio a uma das maiores crises econômica da Argentina, já citada, a hiperinflação, quando seu antecessor, Raúl Alfonsín, renunciou seis meses antes de terminar seu mandato. A trajetória da Argentina, levou Menem em direção ao neoliberalismo, resultando assim em uma crise além de econômica, política e social, tal modelo apesar de bem sucedido em um primeiro momento no combate aos problemas da década de 1980, transformou-se em um dos fatores que desencadeou a recessão econômica e crise de 1998 até 2002.
Pretendendo a presidência de República, Menem foi capaz de fazer diversas articulações com grupos muitas vezes contraditórios, na tentativa de agradar a todos, como por exemplo, grandes interesses corporativos, tais como empresários do grupo Bunge e Born, Igreja Católica, sindicatos e militantes de direita e esquerda. Ele também prometeu, ainda em campanha, “salariazo” e a “revolução